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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Da morte não sei o dia - Pedro Bandeira


Há o instante da chegada
E o momento da partida
Quanta vida eu já vivi?
Quanta resta a ser vivida?

São seis espelhos quebrados,
seis vezes sete de má sorte.
Já vivi trinta anos,
quanto resta para a morte?

É fácil vê-la chegando
em cada instante que passe,
pois se começa a morrer
no momento em que se nasce.

Vou caminhando pra morte,

não decidi meu nascer.
Da morte não sei o dia,
Mas posso saber.



Obs: Melancólico, porém lindo não? 

Frase do dia :  "São as nossas escolhas que revelam o que realmente somos, muito mais do que as nossas qualidades."

 Música de hoje : Na chuva ao fim da Tarde - Rosa de Saron

domingo, 7 de agosto de 2011

Cores novas sobrepondo sombras!

            Sinto muito, mas roubei o título desse texto de uma música, que como quem me conhece sabe que uma das minhas grandes paixões é a música e isso não é segredo pra ninguém, mesmo sabendo eu que veia pra cantora passa bem longe de mim, mas enfim como estou afim de escrever  mesmo, qualquer assunto é bom por em pauta, por isso vou continuar a desenhar mais um labirinto pra que quem ler encontre o meu centro desenhado ou o seu próprio centro, tanto faz, o importante é encontrar alguma coisa que te faça perceber detalhes importantes que existam dentro de si mesmo e que façam toda a diferença na hora de te por nos eixos. 
           Não consigo encontrar uma resposta sobre o que seria pior, se é viver uma vida inteira sem a certeza do que se realmente quer, ou viver a vida inteira com certeza absoluta do que quer e não brigar por aquilo que você tem certeza que sempre foi o que se buscava, ainda não consegui atingir o entendimento sobre o que seria pior e consequentemente não consigo entendimento sobre o  porquê o ser humano gosta de dificultar tanto um caminho sendo que ele já é tão difícil, porque fato é que, nada nessa vida é fácil, principalmente as coisas que certamente nos trariam felicidade ou satisfação, mas digo felicidade real e satisfação diária, porque felicidade momentanea qualquer chocolate te traz e satisfação rápida basta ver alguém que você não goste dar uma topada no paralelepídedo, acredite, sei do que to falando... tsc
          Com o passar do tempo nós descobrimos que atingir os objetivos se torna uma tarefa difícil e cansativa, e acabamos por acumular objetivos que realmente nos tornariam ser humanos melhores nos transformando em pessoas com o interior amargo e sem esperança de mudanças... e isso se arrastando por anos até o dia em que se torna insuportável se dar como exemplo pra qualquer  tema de sucesso que possa ser debatido. Quer uma dica?  Abrace o som caótico da sua própria consciência, quebre todas as correntes que você arrasta durante todo esse tempo, transforme as lágrimas derramadas tantas vezes num lago bem profundo e jogue nele tudo aquilo que mesmo que muitas vezes pareça o "correto", te machuca tanto que no final das contas se tornam um terrível engano,,, afunde pra longe de você qualquer coisa que possa fazer você se sentir um ser humano vazio e superficial, mesmo que por fora você transpareça feliz e condenscendente, porém por dentro não há nada além do eco das suas próprias renúncias. Não há renúncia, nem auto-culpa tão honorável que mereça um suicídio interior e não há nenhum sentimento tão sublime que possa derrotar o seu amor próprio!
              Ser passional e correto nada tem de equivalente a ser desistente e anulador de suas próprias vontades e objetivos, não se destrua jamais no intuito de poupar outra pessoa, porque de fato a tendência do ser humano é caminhar sobre os dois pés e não carregado por alguém, mesmo que seja metaforicamente. O ser humano ainda não aprendeu que ser compreensivo e passivo nada tem haver com renúncia, mas sim tem haver com saber centrar o que realmente é importante para si para poder dar aos seus semelhantes demonstrações de como é possível ser realmente humano sem perder o seu próprio brio em prol de ninguém.
              Definitivamente não é uma tarefa difícil tomar como tarefa algo totalmente contraditório ao que fomos criados a fazer, programados a fazer, condicionados a praticar que é a humilde arte de se renunciar em prol do seu próximo e sinceramente não vejo nada nobre em ser humilde ao ponto de esse mesmo próximo em que você renunciou montar sobre suas costas como se você fosse um bicho domesticável, não acho certo, não acho justo e muito menos valoroso, justamente porque o mundo a cada dia que passa transforma o ser humano em algo mau e sem escrúpulos, mas sem dúvidas transformar-se em algo mais sublime do que  restos de vivência de si próprio não é uma tarefa impossível, seja duro consigo mesmo, seja  imponente mediante os momentos de fraqueza e pensar em desistir de seu próprio destino pra abrir portas pro destino de outro alguém. 
                Não se importe se isso lhe pedir tempo, não desanime se tiver a certeza que vai demorar pra atingir o epicentro do que você realmente quer, apenas tenha o seu tempo, todo ser humano tem seu próprio tempo pra reagir e interagir sobre as suas próprias mudanças, aos poucos perceberá que mais tem valor alguém em que contar do que alguém em quem se encostar... Só tome nota de um fato que não pode fazer com que percas a noção do rumo das mudanças, não deixe o tempo passar demais, não entregue demais suas decisões nas mãos do tempo, porque de tanto tentar matar o que você realmente é por dentro, uma hora você acaba conseguindo, já que a única certeza que temos em vida é a morte ela vale também pra quem tenta matar sua identidade de dentro pra fora. Acredite em si mesmo e na sua capacidade de ser mais do que te julgam, pois essas mesmas pessoas pelas quais você julga estar se renunciando por elas, ainda vão te agradecer fervorosamente. E finalmente por trancos e barrancos, mortos e feridos, luzes apagando e cores desbotando sempre você poderá mudar aquilo que te faz fraco, trazendo então  as cores novas do que te dá o sentindo de estar vivo sobrepondo as  sombras que apagam o que você realmente é e quer!

               Frase de hoje: "O homem que age não sofre." (Thomas Eliot)


                 Música de hoje: Save me - Hanson! Apreciem sem moderação alguma pessoas!